EXPERIÊNCIA COM SURDOS
Através dos estudos realizados na disciplina de Libras, pude entrar mais em contado com a comunidade surda. Antes disso, apenas "passava" por eles e não interagia, até porque tinha dificuldade para me comunicar, o que fazia com eu me intimidasse. Em sala de aula, nunca tive alunos portadores de deficiência auditiva e confesso que ainda tenho dificuldades para o uso da comunicação com eles.
Penso que a disciplina nos motivou para que buscarmos subsídios para melhorarmos nossa prática docente e convivência com a comunidade surda.
Já estamos buscando um curso de capacitação de Libras para o ano que vem.
Abraços.
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domingo, 20 de dezembro de 2009
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
EDUCAÇÃO DE SURDOS 2
Falando em educação de surdos em nossa atualidade, aliás, em nossa localidade nos tempos atuais....
No município de Sapiranga, onde resido e trabalho, a Escola Luterana São Mateus oferece educação regular do ensino fundamental para alunos surdos e ouvintes. Na Educação Infantil oferecem Maternal, Jardim A e Jardim B. No Ensino Fundamental oferecem desde a 1ª até a 8ª série. No Ensino Especial, alunos surdos têm oportunidade de receber educação, através de uma política educacional bilíngüe (Português e Libras = Língua Brasileira de Sinais). A filosofia da Escola tem como propósito fazer com que a essência humana cresça em educação e na integração de pessoas diferentes, respeitando suas diferenças, seus credos, seu nível social e econômico, idealizando um mesmo objetivo de plenitude e de realização pessoal.
A educação de surdos é muito importante para a Escola São Mateus, bem como para a APADA (Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Auditivos). O termo SURDOS, conforme a escola, e visto com visão de pessoas integrais, individuais, cidadãs, com sua própria visão de mundo, com direitos e deveres. Fala-se em educação bilíngüe; em professores surdos para alunos surdos; em intérpretes das Libras (Língua Brasileira de Sinais), em FENEIS (Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos); em NUPPES (Núcleo de Pesquisa em Políticas Educacionais para Surdos), na UFRGS; em surdos brasileiros.
Através das visitas realizadas na escola, através da Secretaria Municipal de Educação de Sapiranga, bem como do contato com familiares que estudam na escola e das participações da escola em eventos realizadas pela Secretaria, percebe-se o engajamento e a preocupação dos profissionais na educação dos surdos e sua inclusão no meio em que vivem. São oferecidos oficinas de teatro, dança, informática, basquete, futsal, entre outras, para alunos surdos e ouvintes, integrando-os na sociedade.
Em julho do ano passado, a escola participou do Encontro Artístico de Talentos Escolares – EARTE 2009, com três peças de teatro e uma coreografia de dança, emocionando e sensibilizando o público presente. Através das apresentações, conseguiram demonstrar a importância de trabalhar as diferenças em conjunto com toda a comunidade.
O olhar de nós alunas do pead, de educadores e de cidadãs, frente a disciplina de Libras, proporcionou momentos de sensibilização e responsablidade com a educação de surdos, fazendo que nossa reflexão saísse da sala de aula ou da internet e fosse às ruas, às salas de aula de escolas especializadas, às pessoas portadoras de deficiência auditiva, mantendo ligações de uma boa convivência e de respeito às diferenças. Ao mesmo tempo, percebemos que muitas instituições fazem um excelente trabalho, mas que ainda necessitam de parcerias e apoio.
As leituras, as reflexões, os debataes e as saídas de campo, proporcionaram momentos de nos“vermos” nos olhando, de nos escutarmos ouvindo e através das inúmeras experiências de nos avaliarmos.
Assim, como perceber no “outro” as capacidades, as superações, as limitações que pela convivência no trabalho, muitas vezes passa despercebido pelas lentes do olhar desacostumado a “ver” e "ouvir".
No município de Sapiranga, onde resido e trabalho, a Escola Luterana São Mateus oferece educação regular do ensino fundamental para alunos surdos e ouvintes. Na Educação Infantil oferecem Maternal, Jardim A e Jardim B. No Ensino Fundamental oferecem desde a 1ª até a 8ª série. No Ensino Especial, alunos surdos têm oportunidade de receber educação, através de uma política educacional bilíngüe (Português e Libras = Língua Brasileira de Sinais). A filosofia da Escola tem como propósito fazer com que a essência humana cresça em educação e na integração de pessoas diferentes, respeitando suas diferenças, seus credos, seu nível social e econômico, idealizando um mesmo objetivo de plenitude e de realização pessoal.
A educação de surdos é muito importante para a Escola São Mateus, bem como para a APADA (Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Auditivos). O termo SURDOS, conforme a escola, e visto com visão de pessoas integrais, individuais, cidadãs, com sua própria visão de mundo, com direitos e deveres. Fala-se em educação bilíngüe; em professores surdos para alunos surdos; em intérpretes das Libras (Língua Brasileira de Sinais), em FENEIS (Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos); em NUPPES (Núcleo de Pesquisa em Políticas Educacionais para Surdos), na UFRGS; em surdos brasileiros.
Através das visitas realizadas na escola, através da Secretaria Municipal de Educação de Sapiranga, bem como do contato com familiares que estudam na escola e das participações da escola em eventos realizadas pela Secretaria, percebe-se o engajamento e a preocupação dos profissionais na educação dos surdos e sua inclusão no meio em que vivem. São oferecidos oficinas de teatro, dança, informática, basquete, futsal, entre outras, para alunos surdos e ouvintes, integrando-os na sociedade.
Em julho do ano passado, a escola participou do Encontro Artístico de Talentos Escolares – EARTE 2009, com três peças de teatro e uma coreografia de dança, emocionando e sensibilizando o público presente. Através das apresentações, conseguiram demonstrar a importância de trabalhar as diferenças em conjunto com toda a comunidade.
O olhar de nós alunas do pead, de educadores e de cidadãs, frente a disciplina de Libras, proporcionou momentos de sensibilização e responsablidade com a educação de surdos, fazendo que nossa reflexão saísse da sala de aula ou da internet e fosse às ruas, às salas de aula de escolas especializadas, às pessoas portadoras de deficiência auditiva, mantendo ligações de uma boa convivência e de respeito às diferenças. Ao mesmo tempo, percebemos que muitas instituições fazem um excelente trabalho, mas que ainda necessitam de parcerias e apoio.
As leituras, as reflexões, os debataes e as saídas de campo, proporcionaram momentos de nos“vermos” nos olhando, de nos escutarmos ouvindo e através das inúmeras experiências de nos avaliarmos.
Assim, como perceber no “outro” as capacidades, as superações, as limitações que pela convivência no trabalho, muitas vezes passa despercebido pelas lentes do olhar desacostumado a “ver” e "ouvir".
EDUCAÇÃO DE SURDOS
Com base na leitura do texto da unidade 3 e no texto de Harlan Lane, percebi que houve avanços quanto à educação de surdos, mas também que ainda vivemos numa sociedade com dificuldades de conviver com as diferenças.
A mudança deve iniciar pela comunidade em geral, mas também pelos próprios surdos que devem manifestar-se na busca de seus direitos, através de entrevistas em jornais; campanhas com panfletos, manifestações no ministério; vigílias estudantis.
Outro segmento importante nesta ação modificativa são as instituições escolares, que devem promover a educação inclusiva com qualidade e sem preconceito, envolvendo toda a comunidade nesse processo de aceitação, respeito e democratização do ensino. Ou seja, o ensino deve estar voltado para a construção da autonomia do aluno com deficiência, proporcionando à comunidade surda a interação na sociedade em que está inserida, buscando sua identidade e valorizando suas capacidades, como cidadão e consciente de seus direitos e deveres.
A mudança deve iniciar pela comunidade em geral, mas também pelos próprios surdos que devem manifestar-se na busca de seus direitos, através de entrevistas em jornais; campanhas com panfletos, manifestações no ministério; vigílias estudantis.
Outro segmento importante nesta ação modificativa são as instituições escolares, que devem promover a educação inclusiva com qualidade e sem preconceito, envolvendo toda a comunidade nesse processo de aceitação, respeito e democratização do ensino. Ou seja, o ensino deve estar voltado para a construção da autonomia do aluno com deficiência, proporcionando à comunidade surda a interação na sociedade em que está inserida, buscando sua identidade e valorizando suas capacidades, como cidadão e consciente de seus direitos e deveres.
sábado, 31 de outubro de 2009
O MENINO SELVAGEM
O filme “L’Enfant Sauvage d’Averyon” (O Menino Selvagem de Averyon), de Fraçois Truffaut, baseado num caso verídico, relata a história de uma criança de onze ou doze anos que foi capturada num bosque, tendo vivido afastado da sua espécie e ficando depois à guarda do Dr. Jean Itard. Quando foi capturado, andava como um quadrúpede tinha hábitos anti-sociais, órgãos pouco flexíveis e a sensibilidade embotada, não falava não se interessava por nada e a sua face não mostrava qualquer tipo de sensibilidade. Toda a sua existência se resumia a uma vida puramente animal.
O seu isolamento, desde a infância, condicionou o menino à aprendizagem da sobrevivência, tendo assim, dificuldades de abstrair novas aprendizagens, consideradas “normais” à sociedade da época.
Podemos concluir que:
- o menino selvagem é considerado um surdo-mudo, já que não manifesta reação a estímulos exteriores (barulho) e não utiliza a fala; por outros é considerado um “idiota”, com problemas mentais;
- havia certo preconceito da sociedade da época em relação aos deficientes mentais e físicos, que eram rejeitados e excluídos pela sociedade, sendo encaminhados para instituições para débeis, asilos e colégios de surdos-mudos. O que demonstrava claramente que os surdos eram considerados “anormais” e “doentes” e que precisavam ser protegidos; na verdade, eram excluídos do meio em que viviam e não eram considerados cidadãos com habilidades e competências;
- apesar de o menino selvagem ter vivido isolado por anos na floresta, ele não tinha as mesmas capacidades físicas de outros animais, ou seja, os fatores biológicos afetaram suas ações enquanto selvagem;
- os fatores intelectuais não desenvolvidos e estimulados dificultaram as ações e aprendizagens do menino para viver em sociedade;
- muitas vezes o menino, respondia aos estudos e estímulos do professor com ataques de fúria, se jogando no chão e através de mordidas. À medida que foi desenvolvida a afetividade entre o menino e o Dr. Itard ou a Mme. Guérin, a aprendizagem se tornou mais fácil e houve um retorno maior do menino aos estímulos exteriores, demonstrando sentimentos e valores de justiça e moral, enquadrando-se aos poucos nos valores sócio-culturais da sociedade em que vivia;
- devido à fraca sensibilidade do sistema auditivo, a sua educação ficou incompleta;
- o sistema olfativo continuou sendo o mais desenvolvido, pois foi o mais estimulado na infância e serviu para sua sobrevivência junto aos animais da floresta;
- todo o seu desenvolvimento foi lento e trabalhoso, devido o seu isolamento na floresta e falta de estímulos intelectuais;
- as questões sociais e culturais são fundamentais para a formação do cidadão. É relevante compreender e atentar para as questões emocionais e psicológicas do ato de educar, desde a gestação até a fase adulta;
- o ato de educação, formal ou informal, depende sim de ações conscientes e humanas, voltadas para a formação do ser integral. Não se vive só, não se educa sem amor;
- a educação de portadores de deficiências físicas e mentais é complexa e necessita ser tratada com responsabilidade e compromisso.
- muitas vezes o menino, respondia aos estudos e estímulos do professor com ataques de fúria, se jogando no chão e através de mordidas. À medida que foi desenvolvida a afetividade entre o menino e o Dr. Itard ou a Mme. Guérin, a aprendizagem se tornou mais fácil e houve um retorno maior do menino aos estímulos exteriores, demonstrando sentimentos e valores de justiça e moral, enquadrando-se aos poucos nos valores sócio-culturais da sociedade em que vivia;
- devido à fraca sensibilidade do sistema auditivo, a sua educação ficou incompleta;
- o sistema olfativo continuou sendo o mais desenvolvido, pois foi o mais estimulado na infância e serviu para sua sobrevivência junto aos animais da floresta;
- todo o seu desenvolvimento foi lento e trabalhoso, devido o seu isolamento na floresta e falta de estímulos intelectuais;
- as questões sociais e culturais são fundamentais para a formação do cidadão. É relevante compreender e atentar para as questões emocionais e psicológicas do ato de educar, desde a gestação até a fase adulta;
- o ato de educação, formal ou informal, depende sim de ações conscientes e humanas, voltadas para a formação do ser integral. Não se vive só, não se educa sem amor;
- a educação de portadores de deficiências físicas e mentais é complexa e necessita ser tratada com responsabilidade e compromisso.
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