quinta-feira, 14 de outubro de 2010

6º SEMESTRE EM DESTAQUE


6º SEMESTRE

Desenvolvimento e Aprendizagens sob Enfoque da Psicologia II - Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais - Filosofia da Educação - Seminário Integrador Questões Étnico-Raciais na Educação: Sociologia e História

Inicio a reflexão do 5º Semestre, comentando sobre as expectativas que foram elencadas para o semestre, como metas a serem estabelecidas e cumpridas:

* A primeira e mais importante: conseguir acompanhar as aulas e a realização das atividades, com ordem, organização, disciplina e pontualidade.

* Vivenciar cada disciplina com prazer e dedicação, relacionando-as na prática diária.

* Filosofar com coerência e argumentação.

* Adquirir mais conhecimentos e embasamento teórico e prático sobre e educação de pessoas com necessidades educacionais especiais, porque penso que possa servir de subsídio para meus trabalhos futuros.

Bem, em relação a primeira expectativa, consegui postar as atividades propostas em dia e ainda atualizar meu portfólio, com 19 postagens no semestre. Uma das minhas dificuldades maiores de participar mais ativamente dos fóruns foi superada: No Fórum – Unidades 2 e 3 – Políticas e Serviços , com o Grupo E, foram totalizadas 18 postagens de 66 postagens no geral; no fórum da interdisciplina de Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais, foram realizadas 19 postagens.

Vivenciar cada disciplina com prazer e dedicação também foi uma proposta destacada e realizada com êxito. Inclusão, questões étnico raciais, preconceito, auto-estima, entre outros temas foram desenvolvidos com meus alunos do grupo Dança & Cidadania, com meus colegas de trabalho, em minhas atividades de reflexão.

Filosofar com coerência e argumentação foi um trabalho árduo, mas muito prazeroso. Em debates, pesquisas, reflexões, participações de fóruns.

Destaques para a reflexão do Antropólogo Francês, o filme Clube do Imperador que enfocou Conflitos Morais, leitura e análise do texto Ensaio de Adorno – Educação após Auschwitz e do texto de Kant – Trabalho em Duplas, o filme Entre os Muros da Escola.

A educação começa em casa e perpassa pelas instituições que nortearão novos conhecimentos. O conhecimento se adquire com respeito a si mesmo, ao outro, através da troca de experiências, com disciplina e responsabilidade. A responsabilidade se obtém através dos exemplos positivos, com ética e moral. A moral é alavanca necessária para a mudança de uma sociedade. A sociedade é construída pelos indivíduos que a compõem, em sintonia uns com os outros. A sintonia depende do grau de intelectualidade e de moralidade de cada indivíduo. Cada indivíduo é responsável pelas suas escolhas e ações individuais e coletivos.

Na interdisciplina de Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais, foram realizadas muitas pesquisas, leituras, reflexão, mudanças. Visitei a APAEs da região; participei do Fórum Permanente da Política Pública Estadual para Pessoas com Deficiência e Pessoas com Altas Habilidades no RS(debates e reflexões, além das Salas Temáticas: Educação, Saúde, Trabalho, Assistência Social e Gestores).

Também na interdisciplina de Questões Étnico-Raciais na Educação: Sociologia e História, na neutralidade ouvimos opiniões e nos deparamos com o nosso preconceito ainda latente, muitas vezes escondido e marcado dentro de nós. No bate-papo na aula e nas leituras percebemos:
* preconceito real às opiniões alheias;
* falta de argumentação coerente pela falta de vivências e de leituras;
* predominância da cultura germânica e italiana em nossa região;
* necessidade de avaliar os aspectos históricos de nossa colonização e do tratamento dado às populações negras, indígenas, mestiças, caboclas;
* oportunidades e condições psicológicas, intelectuais e sociais ao longo do tempo a estes grupos étnicos;

* arraigamento de condutas, posturas, pensamentos traduzidos de geração a geração ainda muito fortes em nossa cultura;
* o não-concordamento do programa de cotas às questões étnico-raciais;
* a importância da implantação da Lei 10639/2003 nas escolas;
* despreparo do professor no desenvolvimento dos conteúdos transversais sobre o negro e o índio.

Há sim a necessidade de um olhar diferenciado a estas questões. A promoção da inclusão social deve começar em nós, aprendendo a observar, analisar, discernir e avaliar com neutralidade, ética e humanidade.

Como diz um poema e um documentário: Vista a minha apenas por um dia...

No Seminário Integrador ao analisarmos as perguntas de outras colegas, verifiquei que muitas vezes se confunde pergunta como tema e assunto; muitas perguntas se tornam pessoais e difíceis de responder; que as questões religiosas não são perguntas com alto grau de aprendizagem porque se referem a crenças que passam de geração a geração; que a verdadeira curiosidade é respondida a partir de uma pergunta bem formulada; que precisamos ler o que escrevemos com muito mais atenção e consciência crítica; que avaliar não é julgar, nem apontar questões pessoais.

Aprendi que precisamos respeitar três requisitos: ASPECTOS TÉCNICOS, IMPARCIALIDADE e ÉTICA.

Quando avaliamos algo, precisamos agir com comprometimento, responsabilidade e respeito.

Nossas palavras faladas e escritas são registros importantes no processo da aprendizagem, mas devem ser usadas com consciência e sabedoria, com cautela e atenção, com firmeza e neutralidade.

Assim será na sala de aula, com os colegas educadores, com equipe diretiva, com pais e comunidade escolar.

A arte de fazer perguntas é a grande aprendizagem deste semestre; mas respondê-las e analisá-las também é!


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