No texto A Dialogicidade – Essência da Educação como prática da liberdade, é destacado que será a partir da situação presente, existencial e concreta, refletindo as aspirações do povo, que poderemos organizar conteúdo programático da educação ou da ação política.
Para Paulo Freire a missão do professor deve ser possibilitar a criação ou a produção de conhecimentos, através da valorização da cultura do aluno, das suas experiências trazidas ao longo do tempo. A alfabetização é, para o educador, um modo de os desfavorecidos romperem o que chamou de “cultura do silêncio” e transformar a realidade, “como sujeitos da própria história”. Seu método pretende habilitar o aluno a “ler o mundo”, reescrevendo sua realidade e transformando-a.
Os temas geradores na prática pedagógica, utilizados por Paulo Freire na educação de crianças, jovens e adultos, favorecem a leitura do mundo onde todos nós estamos inseridos. A linguagem e o pensar estão ligados diretamente a realidade dos grupos sociais. O educador necessita conhecer as condições estruturais em que o pensar e a linguagem do povo se constituem. O conteúdo programático pela ação deve ser elaborado de forma consciente e que atenda as necessidades desse povo, proporcionado a apreensão dos "temas geradores" e a tomada de consciência dos indivíduos em torno dos mesmos.
A educação passa a ser “pronunciada” de forma humanizada e democrática. A metodologia de Paulo Freire reconhece e estimula o diálogo, como prática pedagógica de conscientização do indivíduo dos seus direitos e deveres como cidadão ativo e participativo, integrando-o no meio em que vive.
Baseado-se nisso, penso que cada vez mais a educação deve envolver o aluno no seu contexto social, aproveitando sua realidade, suas experiências, suas vivências e suas capacidades de transformação.
domingo, 20 de dezembro de 2009
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