domingo, 20 de dezembro de 2009

MINHA PRÁTICA PEDAGÓGICA EM RELAÇÃO À AVALIAÇÃO

A avaliação sempre foi motivo de reflexão na minha prática docente. Conflitos interiores com os exteriores, com as situações apresentadas no contexto escolar, envolvendo exigências imensas no ato de “avaliar”, pela escola, pelos colegas professores, pelos familiares. O resultado da avaliação sendo muito mais importante que todo o processo de aprendizagem do aluno.
No início de minha prática pedagógica em sala de aula, adotava a avaliação classificatória e centralizadora, em função da pressão do meio escolar. Com o passar do tempo, passei a olhar de forma diferente a avaliação e mais segura do que fazia, busquei não somente avaliar meu aluno por testes e provas aterrorizadoras, mas utilizar outros instrumentos mais criativos de avaliação. Debates, reflexões, atividades com expressão corporal e artística, trabalhos coletivos e não apenas individualizados.
Atualmente, não estou em sala de aula, mas quando exercia prática docente, procurava avaliar meu aluno no dia a dia, analisando seu crescimento cognitivo, afetivo e social frente às suas dificuldades e habilidades, pois cada um é um ser individual possuidor de conhecimentos e vivências diferentes.
Não utilizo critérios específicos para a realização da avaliação. Procuro conhecer meu aluno e sua realidade e assim, estar atenta aos seus progressos em relação ao processo de aprendizagem. Confesso não achar a tarefa de avaliar um processo fácil e muitas vezes fico insegura, afinal, também sofro influência das minhas vivências escolares do passado e até do presente.
Um ponto que me incomoda é “dar a famosa nota”, porque muitas vezes estamos com ela rotulando nosso aluno. Procuro então registrar todas as avaliações, sejam elas por notas, conceitos e até pareceres de determinadas atividades desenvolvidas para que eu não prejudique meu aluno na sua avaliação “final”, exigida pelo contexto escolar. Os resultados dessa avaliação permitem uma análise do processo ensino-aprendizagem, não apenas do aluno, mas também da metodologia aplicada pelo professor. Avalia-se o aluno, o professor, o processo.
O aperfeiçoamento da minha prática pedagógica em relação à avaliação deve levar em consideração o conhecimento que se tem do aluno e da realidade onde esse está inserido; do desprendimento da “classificação” do aluno frente aos seus resultados avaliativos com notas e números; da busca de humanizar a educação, visando desenvolver o ser integral, dotado de habilidades e competências que necessitam ser desenvolvidas e estimuladas de forma criativa e motivadora; da análise das práticas avaliativas que promovam a auto-estima, aceitação e valorização do aluno; de mudanças que visem o exercício da cidadania, da troca de saberes e da educação inclusiva.

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